A Santa Casa

A Irmandade da Santa Casa de Sertãozinho tem seu marco inicial na promessa do Sr. Elpídio Gomes, em que doaria a quantia de 20 contos de réis para a cidade que primeiro conseguisse constituir como pessoa jurídica a Irmandade de Misericórdia que construiria e manteria a Santa Casa.
Um grupo de moradores de Sertãozinho atingiu esse objetivo antes de Ribeirão Preto. Entre os dias 05 de julho e 15 de outubro de 1896, o tenente Francisco José dos Anjos Gaia e mais outros 52 moradores de Sertãozinho conseguiram realizar a assembléia para a eleição da mesa diretora, empossar a mesma, publicar o compromisso de constituição da Irmandade de Misericórdia de Sertãozinho no Diário Oficial e registrá-la em cartório de Ribeirão Preto.
A posse da primeira mesa diretora da Irmandade de Misericórdia de Sertãozinho ocorreu no dia 05 de setembro de 1896 e ficou assim constituída: Dr. Onofre Muniz Ribeiro, provedor; tenente Francisco José dos Anjos Gaia, mordomo; Octacílio de Oliveira Tupaberaba, secretário; Antônio Augusto de Souza Amaral, procurador; Francisco Pereira da Costa, tesoureiro; José Leite de Abreu, Eduardo Pedreschi, José Marques da Motta Guimarães, Euzébio Augusto Machado, João Pedro de Andrade Júnior, Aprígio Rello de Paula Araújo, José Antônio de Carvalho, Pedro Bauch, tenente Francisco José Ferreira Júnior, José Marciano de Aguiar, Gustavo Syllos e Antônio José Fernandes, mesários.
A data de 05 de setembro, que marca a posse da primeira diretoria, foi escolhida como a de inauguração da Irmandade de Misericórdia de Sertãozinho, mantenedora da Santa Casa, que mantém a saga de ter sido construída, reformada e mantida à custa de doações, de eventos e de muita dedicação dos irmãos, através de trabalho voluntário.
O recebimento da herança de Elpídio Gomes foi oficializado em 12 de agosto de 1904, mas a Santa Casa já funcionava em prédio improvisado. O edifício próprio da Santa Casa foi inaugurado no dia 13 de maio de 1903. Ele tinha um gradil de madeira na frente, que delimitava um belo jardim. Havia um pomar no quintal. O prédio, concluído em 1906, possuía oito compartimentos: um salão para assembléias, uma sala de espera, um consultório, dois quartos ocupados pela família do administrador, uma cozinha e duas espaçosas enfermarias. Uma delas recebeu o nome de Elpídio Gomes e a outra, o de Aprígio de Araújo, em reconhecimento aos relevantes serviços que ambos prestaram à instituição.
Evolução da Santa Casa
Durante quase 50 anos a Santa Casa permaneceu em estado deficitário. Houve um período em que teve de fechar suas portas e, durante essa época, as pessoas mais necessitadas foram socorridas pelo Dr. Antônio Furlan Júnior na Casa de Saúde Santa Terezinha, de sua propriedade. Por isso, esse médico recebeu o apelido de pai dos pobres.
A Santa Casa começou a melhorar com a chegada, por volta de 1950, das irmãs de caridade da Congregação Jesus Maria José que, juntamente com os integrantes da Irmandade de Misericórdia e grande parte da comunidade, imprimiram uma nova dinâmica ao único hospital público da cidade.
Dali em diante, a Santa Casa acompanhou os diferentes ciclos econômicos de Sertãozinho. As dificuldades foram sempre superadas pelo esforço das diversas diretorias, mas atingiram um grau insuportável no final de 1992. No ano seguinte, ao assumir novamente o cargo de prefeito, o médico Dr. Waldyr Trigo convidou um engenheiro civil e empresário do ramo de supermercados para assumir a provedoria da Santa Casa.
Reunindo um grupo de colaboradores, com a ajuda da população, de empresários, de prestadores de serviços de saúde, das irmãs, dos funcionários e da própria Irmandade de Misericórdia deu-se a recuperação do hospital.
Principais Benfeitorias Implantadas
No ano de 1996, quando a iniciativa do Ten. Gaia completou seu primeiro centenário, a Santa Casa de Sertãozinho inaugurou o Ambulatório Médico que recebeu o nome de João Maciel de Lima, a UTI Neonatal (Dr. Walfrido Ismael Assan), a Pediatria, o Banco de Sangue e outras benfeitorias.
Graças a isso, a Santa Casa tornou-se um modelo de eficiência totalmente diferente da situação enfrentada pela maioria dos centros médicos semelhantes de todo o País.
Em 2002, com verbas dos governos Estadual e Municipal, a UTI GERAL foi equipada e inaugurada, iniciando suas atividades em setembro do mesmo ano. Com essas adequações a Santa Casa de Sertãozinho passou então a ser referência da microrregião composta pelas cidades de Barrinha, Pontal e Pitangueiras.
No mês de agosto de 2007, a Santa Casa de Sertãozinho, com sua excelente estrutura para atendimentos, transformou-se em centro de referência da região para atendimentos SUS (Sistema Único de Saúde), como foi determinado pelo Departamento Regional de Saúde (DRS XIII). A partir daí, passou a integrar o “Horizonte Verde”, como referência para mais oito municípios: Barrinha, Dumont, Jaboticabal, Guariba, Monte Alto, Pitangueiras, Pontal e Pradópolis, totalizando mais de 378 mil habitantes.
Em fevereiro de 2011, a Santa Casa de Sertãozinho inaugurou sua primeira UTI Pediátrica. Construída com recursos municipais, estaduais e do próprio hospital, o centro de terapia intensiva recebeu o nome do saudoso secretário estadual de saúde, "Dr. Luiz Roberto Barradas Barata", que sempre se mostrou receptivo e se empenhou em atender as solicitações da Santa Casa
No dia 05 de setembro de 2016 a Santa Casa de Sertãozinho completou 120 anos de existência, adquirindo cada vez mais experiência e profissionalismo, além de passar por diversas evoluções e benfeitorias para garantir sempre o melhor atendimento, com qualidade e respeito a todos.
Provedores
Francisco José dos Anjos Gaia
Dr. Onofre Ribeiro
Aprígio Rello de Paula Araújo
Dr. Antônio do Amaral Vieira
Alfredo Jordão Júnior
Leão Nogueira
Guilherme de Oliveira
Dr. Pompeu Andrade
José Vianna Santos
Guilherme Schmidt
José Vianna Santos
Guilherme Scatena
Guilherme Schmidt
Edgard da Silveira Pagnano
Dr. Plínio Lima Rubião
César Vassimon
Dr. João Batista Amaral Pacca
Clóvis Vassimon
João Maciel de Lima
NassimMamed
João Ângelo Guidi
João Maciel de Lima
Primo Guidoni
Dr. Cláudio Matheus Benelli
José Alberto Gimenez
José Silvio Martinelli
Mauro Sponchiado
RodovaldoPassariol
Dr. Carlos Alberto Mazer
Rodovaldo Passariol
Rodovaldo Passariol
Rodovaldo Passariol
Milton Bonifácio da Silva
Carlos Alberto Mazer
José Carlos Simões
José Carlos Simões
“Idealizador da Fundação da Santa Casa em 1896”
Junho/1896 até Setembro/1897
Setembro/1897 até Abril/1910
Maio/1910 até Maio/1913
Maio/1913 até Maio/1914
Maio/1914 até Maio/1917
Maio/1917 até Maio/1924
Janeiro/1924 até Maio/1925
Maio/1925 até Maio/1928
Maio/1928 até Maio/1935
Setembro/1935 até Janeiro/1940
Janeiro/1940 até Janeiro/1942
Fevereiro/1942 até Janeiro/1943
Fevereiro/1943 até Janeiro/1948
Fevereiro/1948 até Fevereiro/1962
Fevereiro/1962 até Fevereiro/1963
Fevereiro/1963 até Janeiro/1964
Janeiro/1964 até Janeiro/1968
Janeiro/1968 até Maio/1983
Maio/1983 até Fevereiro/1987
Fevereiro/1987 até Fevereiro 1989
Fevereiro/1989 até Janeiro/1991
Janeiro/1991 até Novembro/1992
Novembro/1992 até Janeiro/1993
Janeiro/1993 até Julho/1996
Agosto/1996 até Janeiro/1997
Fevereiro/1997 até Janeiro/1999
Fevereiro/1999 até Fevereiro/2003
Fevereiro/2003 até Fevereiro/2007
Fevereiro/2007 até Fevereiro/2009
Fevereiro/2009 até Fevereiro/2011
Fevereiro/2011 até Fevereiro/2013
Fevereiro/2013 até Fevereiro/2015
Fevereiro/2015 até Fevereiro/2017
Fevereiro/2017 até Fevereiro/2019
Fevereiro/2019 até Fevereiro/2021